Os distrito de Bragança, Vila Real e Guarda vão estar até final da tarde de sábado sob aviso vermelho, o máximo da escala, por causa do calor, e apenas Lisboa, Leiria e Faro escapam aos avisos devido ao tempo quente.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Bragança, Vila Real e Guarda estão sob aviso vermelho a partir das 09:00 desta sexta-feira e pelo menos até às 18:00 de sábado, altura em que o nível é reduzido para laranja, mantendo-se todo o fim de semana.
O aviso laranja por causa do tempo quente está também ativo, pelo menos até final da tarde de sábado, em Viseu e Castelo Branco.
Todo o restante território continental, à exceção dos distritos de Lisboa, Leiria e Faro, está sob aviso amarelo.
O aviso vermelho é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação meteorológica de risco extremo, o laranja quando o risco é moderado a elevado e o amarelo quando há situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Para esta sexta-feira é esperada uma subida de temperatura máxima, em especial no litoral das regiões Norte e Centro, e uma pequena descida da temperatura máxima no sotavento algarvio.
Segundo o IPMA, as temperaturas mínimas vão variar entre os 15º (Coimbra) e os 21º (Faro) e as máximas entre os 24º (Aveiro) e os 40º (Castelo Branco).
Por causa da previsão de tempo quente, a Direção-Geral de Saúde (DGS) recomendou na quinta-feira um conjunto de medidas de proteção dos efeitos negativos do calor intenso, como evitar exposição às altas temperaturas, hidratação e atenção aos grupos mais vulneráveis.
Beber água, mesmo quando não se tem sede, evitando o consumo de bebidas alcoólicas, e procurar permanecer em ambientes frescos e arejados ou climatizados, pelo menos duas a três horas por dia, são outras dessas medidas.
Também se deve evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11:00 e as 17:00, utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de duas em duas horas e após os banhos na praia ou piscina.
Devem-se utilizar roupas de cor clara, leves e largas, que cubram a maior parte do corpo, chapéu e óculos de sol com proteção ultravioleta, e evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer, no exterior.
Segundo a DGS, devem ser escolhidas as horas de menor calor para viajar de carro e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol.
A autoridade de saúde chama a atenção para os cuidados a ter com os grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.
Cerca de 50 concelhos do interior Norte e Centro e município de Tavira em risco máximo de incêndio
Cerca de 50 concelhos do interior Norte e Centro e o município de Tavira, no distrito de Faro, estão esta sexta-feira em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocou em risco muito elevado grande parte dos concelhos do interior Norte e Centro do país, abrangendo distritos como Bragança, Vila Real, Viseu, Braga, Porto, Viana do Castelo, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém, assim como o concelho de Almodôvar, no distrito de Beja, e outros oito municípios no distrito de Faro.
Em risco elevado está grande parte do interior alentejano, assim como os concelhos de Vila do Bispo e Alzejur, no Algarve, e dezenas de outros municípios nos distritos de Lisboa, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viana do Castelo.
Nos próximos dias, o risco de incêndio vai aumentar, acompanhado da previsão de subida de temperatura.
O risco de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de ‘reduzido’ a ‘máximo’, e os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
Proteção Civil alerta para aumento do risco de incêndio rural devido ao calor
A Proteção Civil alertou esta sexta-feira para o risco de incêndio muito elevado no interior Norte e Centro e no Algarve devido ao aumento da temperatura, com a possibilidade de atingir valores próximos dos 40°C.
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para a possibilidade de as temperaturas máximas atingirem “valores próximos dos 40°C e, pontualmente, os 42ºC”.
Além do calor, prevê-se também um cenário de humidade relativa do ar inferior a 30% com fraca recuperação noturna e de aumento da intensidade do vento a partir de segunda-feira.
A Proteção Civil alerta, por isso, para um perigo de incêndio rural muito elevado a máximo nas zonas interior Norte e Centro e no Algarve, sendo expectáveis “condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais, bem como, o aumento da dificuldade das ações de supressão”.
Como medidas preventivas, a ANEPC recorda a proibição de queimadas extensivas sem autorização e, em dias de risco de incêndio muito elevado ou máximo, de queimas de amontoados sem autorização ou comunicação prévia.
As autoridades recomendam ainda “especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte”.
Nos dias de maior risco de incêndio, é ainda proibido utilizar fogo para a confeção de alimentos em todo o espaço rural, exceto fora das zonas criticas e locais devidamente autorizados, fumigar ou desinfestar em apiários exceto se os fumigadores tiverem dispositivos de retenção de faúlhas, e usar motorroçadoras, corta-matos e destroçadores.
A ANEPC recomenda a “adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, de acordo com a legislação em vigor, e tendo especial atenção à evolução do perigo de incêndio neste período”.
Quanto à proteção contra o calor, recorda a importância da ingestão de água, pelo menos 1,5 litros/dia ou equivalente a 8 copos, da aplicação de protetor solar com fator superior a 30, a cada duas horas, da utilização de chapéu e roupas claras, largas e frescas, refeições leves e frescas, com especial atenção com doentes crónicos, crianças e pessoas idosas.
Fonte e crédito da imagem: Diário de Notícias / Portugal