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Carolina João e Diogo Costa vão lutar pela medalha que foge à vela desde Atlanta 96

Dentro de água o dia de hoje correu bem aos portugueses. Os velejadores Carolina João e Diogo Costa qualificaram-se para a medal race da classe 470 nos Jogos Olímpicos Paris 2024 e os canoístas João Ribeiro e Messias Baptista avançaram diretamente para as meias-finais do K2 500.

A dupla da vela terminou a jornada na quinta posição da geral. Em Marselha, Carolina João e Diogo Costa terminaram a sétima regata em 2.º lugar com as duas últimas regatas do dia a serem canceladas, somando 49 pontos, numa competição liderada pelos austríacos Lara Vadlau e Lucas Maehr, com 24.

A medal race da classe 470 está agendada para quarta-feira às 14:43 de Lisboa. Neste momento, a dupla portuguesa tem 49 pontos, estando a 14 da terceira posição, ocupada pelos japoneses Keiju Okada e Miho Yoshioka.

E sendo que os pontos conquistados na regata decisiva valem a dobrar para chegar às medalhas, algo que foge à vela portuguesa – a 2.ª modalidade mais medalhada, a par do judo com quatro pódios e só superada pelo atletismo – desde Atlanta 1996, quando Vítor Hugo Rocha e Nuno Barreto conquistaram o bronze na Classe 470, a mesma da dupla portuguesa em Paris 2024. “Todos podem ganhar, todos podem ficar em último. Não é impossível, mas é complicado”, confessou o velejador Diogo Costa.

Ainda esta terça-feira, na disciplina kite, Mafalda Pires de Lima manteve o 14.º lugar, após a realização de um a regata e da anulação, por falta de vento, das outras duas. Hoje disputam-se as últimas regatas de qualificação.

Já os canoístas João Ribeiro e Messias Baptista avançaram diretamente para as meias-finais do K2 500, prova em que são campeões mundiais. “O nosso objetivo era passar direto, fazer menos uma prova.

À tarde, podemos estar a descansar e ver o resto dos adversários a competir”, congratulou-se João Ribeiro, em declarações à agência Lusa, na zona mista do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne.

Os canoístas portugueses cumpriram a prova em 1.28,10 minutos, sendo batidos apenas pelos alemães Jabob Schopf e Max Lemke (1.28,03).

“Nós estivemos a ver na startlist e há 12, 13 barcos que podem claramente tirar uma medalha e só passam quatro de cada meia-final, por isso será uma meia-final muito dura, onde temos de estar ao nosso melhor para conseguir passar”, disse Messias, sem esconder o desejo de marcar presença na final agendada para sexta-feira às 12:30.

Na pista do Stade de France, a portuguesa Salomé Afonso garantiu a qualificação para as meias-finais dos 1500 metros, numa prova em que correu “sem peso nenhum” para bater o seu recorde pessoal por quase dois segundos.

A portuguesa foi quinta na terceira série das eliminatórias com um tempo de 04.04,42 minutos, bem abaixo do seu anterior recorde pessoal (04.06,04).

Lesão limitou Agate de Sousa e Leandro desiludiu no dardo

Uma lesão muscular limitou a prestação da portuguesa Agate de Sousa no salto em comprimento. A medalhada de bronze dos Europeus saltou apenas 6,34 metros, longe do recorde pessoal de 7,03m e foi apenas a 24.ª classificada na qualificação.

Cátia Azevedo também disse adeus aos JO depois da eliminação nas repescagens dos 400 metros em Paris 2024, mas fez “um balanço positivo após um ano complicado”.

Depois de ter sido quinta na sua série das repescagens, com uma nova melhor marca pessoal do ano, em 52,04 segundos, a atleta acredita agora que se pode voltar a aproximar do seu recorde nacional (50,59).

No lançamento do dardo, Leandro Ramos não encontrou explicações para a má prestação nas qualificações, mas pediu que valorizem o facto de ser pioneiro na disciplina.

“Não foi o dia. Eu estou bem, sinto-me bem. Não percebo o que aconteceu”, disse, na zona mista do Stade de France, depois de ter conseguido apenas um lançamento válido de 75,73 metros, quase 10 metros abaixo do seu recorde pessoal (84,78).

A sua marca foi apenas a 14.ª no Grupo A de qualificação, longe dos 84 metros necessários para se qualificar diretamente.

O dia fechou com Fatoumata Diallo a tentar o acesso à final dos 400 metros barreiras sem sucesso. A portuguesa ficou pela meia final com 54, 93 segundos.

Pichardo e Pimenta em ação

Hoje é dia para os medalhados Fernando Pimenta (canoagem) e Pedro Pichardo (atletismo) entrarem em ação. O medalha de bronze em Tóquio 2020 entra nas eliminatórias da K1 1000 logo de manhã com o objetivo de chegar à final e lutar pela medalha que lhe falta, o ouro que fará dele o único atleta português com um pódio completo.

Além do bronze em Tóquio, Pimenta conquistou uma prata em Londres2012 (em dupla com Emanuel Silva).

Já o campeão olímpico do triplo salto fecha o dia dos portugueses com a qualificação do triplo salto, prova onde também estará Tiago Pereira. O triplista procura ser bicampeão, um título inédito no desporto nacional.

Nenhum dos outros campeões olímpicos (Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nelson Évora) revalidou o título.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Olivier Hoslet / EPA