Diogo Ribeiro apurou-se esta quinta-feira para as meias-finais dos 50 metros livres dos Jogos Olímpicos de Paris. O nadador português ficou em primeiro na sua série, com 21:91, o 13.º melhor tempo da eliminatória.
“Acho que merecia isto, acho que mereço mais do que isto ainda, por todo o trabalho que tenho feito, neste ciclo olímpico, extremamente difícil”, referiu, após ter conseguido o 13.º das eliminatórias, ao vencer a sua série em 21,91 segundos.
O campeão do mundo dos 50 e 100 metros mariposa recordou os três últimos anos da quarentena, em os nadadores estiveram “parados quase um ano”, o acidente de moto que sofreu logo após os Europeus de juniores, lembrando que, durante os Jogos Olímpicos Tóqui o2020, chorou em casa “a pensar se poderia vir algum dia aos Jogos Olímpicos ou sequer a praticar algum desporto”.
“Hoje, estou aqui, só tenho de agradecer, porque sou um felizardo por poder estar nos Jogos Olímpicos, a melhor competição sempre das modalidades. Já dizia o Pierre de Coubertin que participar nos Jogos Olímpicos já é para seres extraordinários, mas a verdade é que eu acho que mereço mais do que isso pelo que tenho feito, pelo que tenho treinado”, defendeu.
Diogo Ribeiro assume que, neste momento, precisava de “passar à fase seguinte”, depois de uma eliminatória em que se surpreendeu e na qual lhe doeram as pernas, pela primeira vez, nuns 50 metros livres em que terminou empatado com o norte-americano Caeleb Dressel, sete vezes campeão olímpico, para si “o Cristiano Ronaldo da natação, assim como o Michael Phelps.
“Também não estava à espera de ver a parede tão rapidamente e faltavam dois metros e já estava a ver a parede e ainda pensava que faltavam para aí 10 metros. É bom. Pensava que a piscina era lenta, mas depois quando vi ontem [quarta-feira] o recorde do mundo aos 100 livres, tive de mudar a minha cabeça, porque aquele tempo não pode acontecer com uma piscina lenta. Foi absurdo”, contou.
Nos seus primeiros Jogos Olímpicos, aos 19 anos, Diogo Ribeiro admite que queria ganhar experiência, mas que agora já sabe que pode “fazer mais do que isso”, disputando a final dos 50 livres às 20:44 locais (19:44 em Lisboa).
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: José Sena Goulão / LUSA