A maltesa Roberta Metsola foi reeleita presidente do Parlamento Europeu, com uma maioria absoluta de 562 dos 699 eurodeputados que participaram na votação que teve lugar nesta segunda-feira em Estrasburgo, na primeira sessão desta legislatura.
A candidata do Partido Popular Europeu (PPE) venceu facilmente a espanhola Irene Montero, do grupo da Esquerda, que só conseguiu 61 votos.
No discurso de agradecimento, Metsola prometeu lutar por uma Europa “mais segura, mais equilibrada, mais justa e com mais igualdade”, criticando a islamofobia e a homofobia, mas sem esquecer “aqueles que foram sujeitos ao totalitarismo que controlou tão grande parte da Europa e durante tanto tempo”.
A elevada votação em Metsola, com a sua única concorrente a ter menos votos do que o total de 76 boletins brancos ou nulos, indica que a candidata do PPE obteve uma quantidade assinalável de votos dos eurodeputados dos grupos mais à direita no Parlamento Europeu.
Que nesta legislatura são três: os Patriotas pela Europa (que integra os dois eleitos do Chega), os Conservadores e Reformistas Europeus e a Europa das Nações Soberanas.
A maltesa de 45 anos discursou em inglês, mas fez algumas passagens noutras línguas. Como figuras tutelares da “Europa para todos”, que descreveu como “uma Europa que se recorda do passado”, apresentou, entre outros, o socialista francês François Mitterrand, o democrata-cristão alemão Konrad Adenauer e o resistente ao comunismo polaco Lech Walesa, recorrendo a uma citação de outro polaco marcante do século XX, Karol Wojtyla, que foi o Papa João Paulo II: “Não tenham medo.”
A vitória de Roberta Metsola, que em 2022 fora eleita também à primeira volta, com o voto de 458 eurodeputados, foi a maior de sempre na percentagem de votos expressos (90,2%) e nos últimos só se aproximou do seu total de votos o polaco Jerzy Buzek, também do PPE, que em 2009 teve consigo 555 deputados.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
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