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Euro 2024: A estratégia de Martínez para o ‘mata-mata’ com a Eslovénia. Assista no Portal TV Portuguesa

Quatro defesas ou três centrais? Esta é a dúvida da seleção nacional para o jogo desta segunda-feira (às 20h, hora Lisboa: às 16h, hora Brasília), em Frankfurt, frente a Eslovénia, a contar para os oitavos de final do Euro 2024. Assista ao jogo pelo Portal TV Portuguesa.

Nos três jogos da fase de grupos, Portugal foi a única seleção a alterar sistema tático nos três jogos, sendo que no total das 32 equipas da competição, apenas a Ucrânia alterou o seu sistema tradicional, mas apenas por uma vez, quando o selecionador Serhiy Rebrov decidiu mudar o 4x2x3x1 dos dois primeiros desafios com a Roménia e Eslováquia, para o 3x5x2 utilizado no decisivo duelo com a Bélgica.

E se o saldo da equipa das quinas até foi positivo do ponto de vista dos resultados nos jogos com a República Checa (2-1 com sistema um de 3x4x3) e a Turquia (3-0 em 4x3x3), as coisas não correram muito bem com a Geórgia (0-2 no regresso ao 3x4x3).

Contudo, houve algo em comum que foi possível verificar com a utilização dos três defesas: a dificuldade da equipa de Roberto Martínez em ultrapassar defesas com linhas baixas e que concedem pouco espaço junto à sua baliza.

O selecionador nacional não desfez, no entanto, as dúvidas sobre o sistema que irá utilizar diante dos eslovenos, nem em relação ao onze que irá apresentar, mas mostrou-se mais claro em relação àquilo que é preciso para conseguir o apuramento para os quartos de final.

“Precisamos de ter paciência, não podemos querer marcar golos sem jogar bem, o que para mim é manter a baliza a zero”, assumiu Roberto Martínez, que deixou ainda um alerta a todos: “Se a Eslovénia marcar, o jogo vai tornar-se muito mais difícil.”

No que diz respeito ao discurso há total sintonia dentro da seleção, pelo tendo em conta que a ideia do treinador foi semelhante à de Bruno Fernandes.

“Vamos ter de ser pacientes porque sabemos que eles defendem com um bloco baixo, são muito agressivos e fortes fisicamente. Por isso, temos de tentar ao máximo cansá-los com bola, fazê-los correr”, sublinhou o médio, sublinhando que os eslovenos “também são muito bons no contra-ataque, com dois avançados que combinam muito bem”, aos quais é preciso “dar o menor espaço possível”, pois são um adversário “muito perigoso no contra-ataque”.

Roberto Martínez destacou ainda que “a Eslovénia é uma seleção que joga como um clube”, o que lhe permite ter “uma sincronização defensiva muito boa”, mas também “são muito perigosos, com ataques muito rápidos beneficiando da excelente ligação entre Sporar e Sesko”.

E depois há a questão que, garante o selecionador nacional, estará já apreendida como uma lição da derrota com a Geórgia e que tem a ver com “a mesma intensidade” e “vontade de ganhar” que o adversário, que assume não foi o ideal nessa partida.

“Temos de estar ao melhor nível possível e competir bem, porque os eslovenos acreditam sempre e são muito competitivos”. E, nesse sentido, Martínez diz ter “gostado da capacidade de trabalho dos jogadores” e da forma “como reagiram à derrota”.

“Agora, estamos preparados”

À semelhança do que aconteceu nas partidas com a República Checa e a Geórgia, Portugal vai voltar a enfrentar um adversário que joga com um bloco muito baixo, bem junto à sua área, e com as linhas muito juntas. Bruno Fernandes considera que as críticas à seleção sobre o futebol lento e pouco objetivo da equipa das quinas são injustos.

“Quando os blocos são tão baixos, não há espaço entre as linhas e é difícil que a bola entre, por temos de lateralizar um bocadinho”, começou por dizer o futebolista do Manchester United, que garante que “não se pode forçar”, sendo preciso a tal “paciência com bola”de que falava.

Assim sendo, reforça a ideia de que “cansando a Eslovénia e tendo bola” a seleção nacional está “mais perto de fazer golo”. E, recordou a derrota sofrida a 26 de março, num particular em Ljubljana, naquele que foi o primeiro desaire da era Roberto Martínez.

Nesse jogo, a Eslovénia também defendeu muito bem, mas temos de encontrar soluções que nos levem ao sucesso”, sublinhou Bruno Fernandes, que garantiu que Portugal sabe “o que tem de fazer” para conseguir o apuramento para os quatros de final.

Ao quarto jogo no Euro 2024, Roberto Martínez assegurou que “agora a seleção está preparada como equipa”, reforçando a ideia de que “não existe desconfiança” dos jogadores em relação às suas ideias.

“Com a Geórgia não foi o queríamos, mas fomos primeiros do grupo e tivemos seis pontos”, disse, admitindo que “agora é preciso ter bem presente a lição do jogo com a Geórgia”, sendo o mais importante “saber o que se pode fazer” durante a partida. E nesse sentido rematou: “Este jogo é de mata-mata, por isso, peço desculpa, mas temos de ganhar”.

Bruno Fernandes fala da soneca e dos objetivos

Bruno Fernandes definiu como grande objetivo para este Euro 2024 levar o troféu para Portugal. “O objetivo mínimo é ganhar todos os jogos e isso significa ir até à final e ganhá-la”, assumiu o médio, lembrando que nenhuma seleção está na Alemanha “a pensar que quer ir embora mais cedo e Portugal muito menos”.

Nesse sentido, garantiu que a equipa das quinas “não receia” nenhum adversário, pois “o objetivo será sempre ganhar”, sendo que nesta fase a eliminar “não há tempo para pensar no que passou mas sim em como será”.

Depois de uma temporada muito longa e desgastante, o futebolista do Manchester United revelou o segredo em relação à boa forma física que exibe nesta altura: “Descansar. São muitas sonecas durante a tarde…”, disse, sorridente, assumindo que gosta de “estar sempre a competir”.

“Falei muitas vezes com o nosso staff e perguntam-me muitas vezes qual a maneira de encontrarmos um equilíbrio, mas se eu puder competir de três em três dias, melhor, pois sinto-me mais preparado mentalmente para as dificuldades”, sublinhou.

Questionado sobre se o golo que marcou à Turquia, a passe de Cristiano Ronaldo, mostra um CR7 mais altruísta, Bruno Fernandes lembrou “um golo em que assistiu Quaresma em 2012”.

“Numa situação de um para um com o guarda-redes, qualquer avançado do mundo tem o seu foco em fazer golo. Se tivesse decidido chutar, as redes da baliza também teriam balançado”, disse.

Fonte: Diário de Notícias – Portugal

Crédito da imagem: Miguel Lopes – Lusa