Três empates, dois golos marcados e outros tantos sofridos. É este o bilhete de identidade com que a Eslovénia se apresenta nos oitavos de final diante da seleção nacional.
Uma equipa muito compacta em que a principal estrela é o guarda-redes Jan Oblak, que brilhou no Benfica, e que conta ainda com mais três jogadores que passaram por Portugal, mas sem grande sucesso, o avançado Andraz Sporar, que representou Sporting e Sp. Braga, e os habituais guarda-redes suplentes Vid Belec (Olhanense) e Igor Vekic (Paços de Ferreira).
Destaque ainda para o avançado Benjamin Sesko, do RB Leipzig, que aos 21 anos surge como o principal talento da nova geração de uma seleção que tem ainda como reserva moral o veterano Josip Ilicic, que contabiliza apenas 15 minutos neste Europeu.
Curioso é o facto de os dois golos desta equipa na prova terem sido marcados por defesas: Erik Janza com a Dinamarca e Zan Karnicnik com a Sérvia.
Na segunda fase final de Campeonatos da Europa em que participa, a seleção eslovena consegue o maior feito da sua história numa grande competição, pois foi a primeira vez que ultrapassou a fase de grupos, após ter estado no Euro 2000 e nos Mundiais 2002 e 2010.
O responsável por este feito é o selecionador Matjaz Kek, de 62 anos, que está pelo sexto ano consecutivo no comando da equipa, numa espécie de segunda vida de um treinador que entre 2007 e 2011 já tinha estado no cargo, tendo então levado os eslovenos ao Campeonato do Mundo da África do Sul, onde frente a Argélia conquistou a única vitória (1-0) numa grande competição, nas quais os empates são quem mais ordena, afinal são seis em 12 partidas.
O histórico com Portugal é muito curto, pois o primeiro e único jogo foi um particular em março deste ano, em Ljubljana, e saldou-se por um triunfo da Eslovénia por 2-0, com golos de Adam Cerin e Timi Elsnik, que na segunda-feira vão por certo querer repetir o feito.
Bem se pode dizer que a Eslovénia é, potencialmente, o adversário mais acessível que a equipa de Roberto Martínez terá para conseguir chegar à final. Isto porque, caso se apure para os quartos de final, medirá forças com o vencedor do França-Bélgica.
No caso de atingir as meias-finais, a equipa das quinas enfrentará em Munique uma de quatro equipas: Espanha, Alemanha, Dinamarca ou Geórgia. Uma rota complicada, bem diferente da que em 2016 levou Portugal ao título.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Angelos Tzortzinis / AFP