O Governo português e a Comissão Europeia assinaram esta terça-feira, em Bruxelas, um acordo para desbloquear mais de 3,6 mil milhões de euros em investimentos destinados a projetos sustentáveis, sociais, de investigação, desenvolvimento e inovação para pequenas e médias empresas, bem como pequenas e médias capitalizações em todo o território português.
O ministro da Economia, Pedro Reis, considera que se trata de “um acordo sem precedentes em termos de valor nos últimos anos”.
A parceria entre a Comissão Europeia e o Banco Português de Fomento visa mobilizar investimentos através de uma plataforma que fornecerá financiamento indireto e direto para diversas entidades dos setores privado e público, com foco em áreas prioritárias como “energia sustentável, recursos renováveis, economia circular, tecnologias e digitalização, bem como infraestrutura social”.
“O financiamento chegará às empresas muito rapidamente, num momento-chave em que precisamos dessas boas notícias para pôr a economia a crescer,” acrescentou o ministro da Economia, salientando que as linhas de financiamento permitirão “condições muito competitivas, num momento crucial para o relançamento do nosso crescimento económico”.
A diretora executiva do Banco de Fomento, Ana Carvalho, destacou o “papel extraordinariamente importante na promoção do investimento nacional ao mobilizar mais de 3,6 mil milhões de euros como o primeiro e único parceiro de implementação nacional do InvestEU em Portugal”.
O acordo inclui uma garantia de até 210 milhões de euros do InvestEU, que permitirá ao Banco Português de Fomento, em estreita cooperação com o Fundo de Contragarantia Mútuo Nacional e as Sociedades de Garantia Mútua, fornecer garantias a bancos comerciais que emprestam a empresas para os seus investimentos.
O apoio do InvestEU também abrange empréstimos diretos do BPF a destinatários finais no campo de investimentos em infraestrutura social.
Ana Carvalho reforçou que o acordo “representa outro marco importante para o BPF e fortalece a nossa cooperação com a UE em prioridades partilhadas, como a transição verde e digital, e permitirá disponibilizar recursos essenciais à economia para que mais empresas e projetos viáveis tenham as condições necessárias para crescer e competir num cenário económico global cada vez mais desafiador”.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Olivier Matthys
