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ESA divulga primeiras descobertas de telescópio com mão portuguesa

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou esta quinta-feira as primeiras descobertas com o telescópio Euclid, que tem mão portuguesa, nomeadamente “cinco novas imagens de grande formato 8K que oferecem uma visão cósmica sem precedentes, com galáxias anãs, esteiras de estrelas e planeta errantes”, indica um comunicado enviado às redações.

Neste sábado, um painel de convidados vai comentar as observações deste telescópio, numa sessão pública gratuita organizada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) no grande auditório da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A missão espacial Euclid 1 publicará nesta semana os seus dez primeiros artigos científicos, disponíveis a partir desta sexta-feira, menos de um ano após o seu lançamento, em julho do ano passado.

“Serão reveladas as descobertas de planetas vagabundos em berçários de estrelas, novos enxames de estrelas fora da nossa galáxia e novas galáxias anãs ténues, assim como esteiras de estrelas arrancadas à sua galáxia-mãe, ou a primeira tentativa para detetar a perda de estrelas por enxames globulares na interação com a nossa própria galáxia”, explica a nota.

As descobertas baseiam-se nas imagens divulgadas agora e nas que foram publicadas em novembro do ano passado e das quais resultaram já um catálogo de mais de 15 milhões de objetos astronómicos.
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ESA

“Estas imagens ilustram a capacidade do telescópio Euclid de obter imagens do espaço extremamente nítidas e de grande campo”, comentou Jarle Brinchmann, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Universidade do Porto, membro fundador do Grupo de Coordenação do Consórcio Euclid e cocoordenador do Legado Científico do Euclid.

“As imagens são espetaculares, e provavelmente não haverá nada como estas imagens, na luz visível, durante as próximas décadas”, afirmou, citado pelo comunicado enviado às redações.

As imagens são de dois enxames de galáxias, “que permitem estudar a estrutura da matéria escura subjacente, um grupo de galáxias que evidencia a interação entre elas através de pontes de estrelas, uma galáxia espiral com ativa formação de estrelas, e uma nebulosa da nossa galáxia onde o Euclid detetou 300 mil novos objetos, entre estrelas e planetas”.
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ESA

Para a obtenção destas imagens foi “essencial” o trabalho de uma equipa liderada pelo IA, com a “triagem dos alvos das imagens e os momentos no calendário do telescópio em que aqueles poderiam ser observados” a ser decidida pela equipa liderada por Ismael Tereno, do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS ULisboa).

“Esta equipa, financiada pela Agência Espacial Portuguesa, é a responsável pelo plano de rastreios com a duração de seis anos e para o qual este telescópio foi primariamente desenhado – plano que irá revelar as componentes invisíveis do Universo”, explica a nota.

O principal objetivo desta missão “é construir o mais detalhado mapa do Universo, o seu potencial para produzir ciência noutras áreas, como a formação de estrelas e evolução de galáxias”.
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ESA

O telescópio espacial Euclid cobre grandes áreas do céu em grande detalhe e profundidade, e capta uma ampla gama de objetos em simultâneo, brilhantes e ténues, próximos e distantes, de planetas a vastos enxames de galáxias.

“As imagens e as descobertas científicas associadas são impressionantes na sua diversidade de objetos e distâncias abarcadas. Fornecem-nos apenas um vislumbre do que o telescópio Euclid pode fazer. Estamos na expectativa dos seis anos de dados que ainda estão para vir”, comentou Valeria Pettorino, Cientista do Projeto Euclid da ESA.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Agência Espacial Europeia (ESA)