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Novo aeroporto de Lisboa vai chamar-se Luís de Camões, anuncia Montenegro. TGV para Madrid e nova ponte sobre o Tejo também fazem parte dos novos investimentos

O novo aeroporto de Lisboa, decidiu o governo, será construído no campo de Tiro de Alcochete e terá o nome de Luís de Camões. No imediato, está decidido “promover o aumento da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, com investimentos” que são classificados de “seletivos à luz da natureza temporária do aeroporto” que será substituído de “forma integral” pelo novo aeroporto.

Do plano do Governo faz parte o reforço da ligação ferroviária de “alta velocidade Porto-Lisboa” (1h15) de modo a melhorar o acesso ao aeroporto Francisco Sá Carneiro” tornando-o como “preferencial para passageiros na região centro”, a ligação Porto-Vigo (50 minutos) , a ligação Lisboa-Madrid” (3 horas em 2034), as “ligações ferroviárias ao novo aeroporto de Lisboa” e uma terceira ponte sobre o Tejo – o eixo Chelas-Barreiro.

O Governo, na sua fundamentação, argumenta que o aeroporto em Alcochete terá “a capacidade de acomodar a procura” que se estima poderá “ultrapassar os 100 milhões de passageiros” após 2050.

Esta solução, sustenta o executivo, “permite mitigar o impacto ambiental e social da região de Lisboa” e melhorar a “qualidade do serviço e operacionalidade”.

A decisão também “permite acomodar os planos de expansão da TAP” que poderá chegar às 190 ou 250 aeronaves em 2050 e com uma “intermodalidade completa entre aeroporto, ferrovia e rodovia com acesso a Sines” atuar com “catalisador da atividade económica” do chamado Arco Ribeirinho Sul e desenvolver um “conceito de Airport City”.

Das vantagens imediatas, na leitura do governo, consta o facto de os terrenos serem públicos, a “maior proximidade ao centro de Lisboa” e às principais vias rodoviárias e ferroviárias permitindo assim “descentralizar o tráfego do centro da cidade.

Sobre os custos, o governo cita o elaborado pela Comissão Técnica Independente: a construção das duas pistas ronda os 6.105 milhões de euros: a primeira estará concluída em 2030; a segunda um ano depois. O projeto permite a expansão para 4 pistas duplicando o movimento previsto de 90 a 95 voos por hora. Em relação aos prazos, o governo traça um horizonte entre 36 e 45 meses para que todas as obrigações contratuais estejam finalizadas.

Dos investimentos “seletivos à luz da natureza temporária do aeroporto” para o Aeroporto Humberto Delgado constam o “aumento de capacidade para atingir os 45 movimentos por hora”, obras nas pistas, taxiways e placa de estacionamento, melhorias nos atuais terminais e construção de novos e ainda, por exemplo, a utilização do espaço militar do aeródromo de Figo Maduro.

Dos planos do Governo faz parte a “antecipação” da conclusão da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid [o troço final: Elvas – Évora – Poceirão – Lisboa, com um tempo de viagem de 1 hora] , onde se inclui a terceira travessia do Tejo e um “novo modelo de gestão” das três travessias.

A nova ponte Chelas-Barreiro, que permite, segundo o Governo, “libertar os constrangimentos de capacidade da infraestrutura ferroviária nas ligações a sul”, terá também uma componente ferroviária com ligação à Linha de Cintura, Linha do Alentejo, acesso ao novo aeroporto de Lisboa e uma “melhoria das acessibilidades de Lisboa ao triângulo Barreiro-Moita-Coina (ganhos de tempo, em alguns casos, de 50%)”.

As vantagens, argumenta o Governo, estão no “aumento da competitividade dos serviços ferroviários entre Lisboa e a região sul, Alentejo e Algarve, com redução de cerca de 30 minutos face aos percursos atuais, bem como aumento da frequência dos serviços”; “redução de tempo de percurso: Lisboa/Barreiro para 10 minutos”; “reforço da oferta ferroviária suburbana (Cintura, Sintra e Eixo Norte/Sul)”; e permite “o tráfego ferroviário de mercadorias sem restrições”.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Manuel de Almeida / Lusa