A Madeira vai inaugurar no final do próximo ano a Grande Rota (GR), um percurso pedestre com extensão de 93 quilómetros que ligará os concelhos de Machico e Porto Moniz, atravessando todos os municípios da região.
“Para diversificar a oferta turística nos percursos pedestres recomendados, o Governo Regional decidiu criar a Grande Rota. É um percurso pedestre que atravessa a ilha toda, desde o Porto Moniz até Machico”, indicou esta terça-feira a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada.
Cerca de 60% da GR é constituída por percursos recomendados, sendo que 40% são novos trilhos que farão a ligação entre os caminhos já existentes.
Falando aos jornalistas à margem da apresentação da GR da Madeira, que representa um investimento de cerca de 400.000 euros, Susana Prada referiu que o percurso demora entre três a quatro dias a ser percorrido, dependendo da preparação física do caminhante.
“É uma oferta diferente, porque obriga a que quem o vá fazer tenha de pernoitar na serra. Para isso, tanto pode fazê-lo acampando nos locais adequados, com autorização, ou pode fazê-lo nos abrigos de montanha”, adiantou a governante.
Questionada pelos jornalistas, Susana Prada acrescentou que um dos objetivos da criação da Grande Rota da Madeira passa também pelo aumento da oferta e a diminuição da carga nos percursos mais procurados.
“Pretende-se, ao disponibilizarmos mais percursos, aumentar a oferta e que os guias proporcionem aos seus clientes novos trilhos”, reforçou.
Atualmente, os 33 percursos recomendados da Madeira, que perfazem um total de 200 quilómetros, são pequenas rotas, sendo esta a primeira Grande Rota.
Uma Pequena Rota compreende uma extensão inferior a 30 quilómetros, um dia ou menos a percorrer e está assinalada a vermelho e a amarelo, enquanto as grandes rotas implicam uma extensão superior a 30 quilómetros, mais de um dia a percorrer e são assinaladas a vermelho e branco.
À margem da sessão, o presidente da mesa de animação turística da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) considerou que a criação da GR “é uma maneira de diferenciação”.
“Somos conhecidos mundialmente pelas levadas, também pelas veredas. Uma Grande Rota permite uma diferenciação no mercado”, destacou Jonathan Rodrigues.
Fonte e crédito da imagem: JM Madeira / Portugal