O Arsenal precisou de ir aos penáltis para eliminar o resiliente FC Porto da Liga dos Campeões (4-2, depois de 1-0 no fim do prolongamento) esta quarta-feira, no Emirates Stadium, em Londres.
A equipa portista ficou assim pelo caminho nos oitavos de final, sem conseguir rescrever a história e a continuar sem vencer em solo inglês em 23 jogos (três empate e 20 derrotas).
O treinador da equipa inglesa Mikel Arteta mudou apenas uma peça no onze em relação ao jogo no Dragão – o lesionado Gabriel Martinelli deu lugar a Jorginho -, enquanto Sérgio Conceição apostou nos mesmos onze jogadores que garantiram a vitória há duas semanas. Se correu bem da primeira vez, a probabilidade de voltar a correr bem era maior…
O inicio de jogo foi de grande pressão do Arsenal, mas sem a marcação homem a homem que ajudou os dragões a tirar munições aos Gunners no jogo da primeira mão. Apesar disso, a equipa de Conceição tinha liberdade para construir e tinha bola para isso.
Muitas vezes a saída em posse começava na baliza de Diogo Costa, que aos 11 minutos se mostrou ente os postes embora sem grande exuberância para travar o remate de Bukayo Saka.
E se aos 16 minutos Evanilson não se inibiu de tentar o remate apesar de rodeado por adversários, o mesmo Evanilson ficou perto do golo aos 21 minutos, quando servido exemplarmente por João Mário a justificar cada vez mais uma chamada de Roberto Martínez.
O Arsenal criava mais perigo e só Pepe conseguiu adiar o golo do empate aos 30 minutos. No jogo 284 pelo FC Porto, o central mostrou que a idade é só um número. Foi ele que tirou a bola a Kai Havertz e impediu que ele pudesse fazer o 1-0… que não tardou apesar dos esforços do capitão.
Martin Odegaard encontrou Trossard nas costas da defesa com um passe fantástico e o belga empatou a eliminatória. Um lance que partiu de um mau passe de Otávio e que penalizou a organização defensiva dos dragões.
Golo anulado ao Arsenal…
A perder por 1-0 ao intervalo nada estava perdido para uma equipa habituada a grandes jogos europeus. Depois de uma primeira parte em que esteve bem e conseguiu controlar a maior parte das ofensivas londrinas – acabou por sofrer com o golpe de génio de Odegaard -, o FC Porto teve menos bola, mas Wendell continuou a lidar bem com as investidas de Saka e ia adiando novo golo do Arsenal.
Aos 67 minutos a dupla Odegaard-Havertz voltou a tentar ferir o dragão, mas o golo do norueguês foi anulado porque o alemão puxou a camisola a Pepe quando o serviu. No contra ataque Francisco Conceição tentou redimir-se do livre direto desperdiçado minutos antes, mas o remate foi travado por Raya, que numa defesa a dois tempos impediu o golo dos dragões.
Sem ninguém conseguir desbloquear o empate na eliminatória, parecia que os técnicos queriam jogar para lá dos 90 minutos. Só aos 82 minutos (!) os treinadores começaram a fazer as primeiras alterações. Arteta lançou Gabriel Jesus para o lugar de Jorginho e o avançado ficou perto do golo.
Salvo pelos reflexos de Diogo Costa, os dragões passaram por minutos de verdadeiro sufoco. Sérgio Conceição só mexeu aos 86 minutos, mas Jorge Sánchez (para o lugar de João Mário) e Taremi (em vez de Evanilson) não conseguiram impedir o prolongamento, jogado já sem Alan Varela e sem qualquer oportunidade de golo para qualquer uma das equipas.
A eliminatória teve assim de ser resolvida nas grandes penalidades, onde o Arsenal foi mais assertivo e garantiu um lugar entre as oito melhores equipas da Europa.
Odegaard, Havertz, Saka e Rice marcaram para o Arsenal. Pepê e Grujic foram os únicos a acertar na baliza da Raya, que defendeu os penáltis dos portista Wendell e Galeno.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Neil Hall / EPA