Em Portugal, os preços das casas aumentaram 8,8% durante o ano passado, face a 2022, com um valor médio transacionado a um valor médio de 2.330 euros por metro quadrado, de acordo com dados da Alfredo, uma plataforma de Inteligência Artificial (IA), e o Doutor Finanças.
Santarém foi o distrito que registou o maior aumento nos preços, de 22,8%, seguido de Viana do Castelo, que apresentou uma subida de preços de 20,9%. Já Évora e Beja registaram o crescimento mais baixo, de 2,2% e 4%, respetivamente.
Por outro lado, Portalegre foi o distrito que apresentou uma diminuição do preço, de 3,6%, seguida da Guarda, onde o preço desceu 2,4%, e de Vila Real, cujo preço decresceu 2,3%.
Lisboa continua a ser a região mais cara do país, onde o preço médio das casas ronda os 4.700 euros, um valor que corresponde a mais do dobro do valor médio nacional.
Sérgio Cardoso, administrador com o pelouro da Academia do Doutor Finanças, afirma que “num ano marcado por uma subida acentuada das taxas de juro era, para muitos, expectável uma correção de preço no mercado imobiliário.
Contudo, o que se verifica é que os preços continuam a subir, em parte, por questões relacionadas com a oferta. Os dados da Alfredo mostram como estão a evoluir os preços nas 20 capitais de distrito, uma informação fundamental para quem está a pensar comprar ou vender casa”.
Para além dos aumentos generalizados dos preços das casas, verificou-se ao longo do ano uma queda no número de imóveis disponíveis no mercado.
A nível nacional registou-se uma diminuição de 0,77%, no entanto em Lisboa verificou-se um decréscimo de 76% no número de apartamentos no mercado, e no Porto houve uma redução de 80% no número de moradias disponíveis.
“No ano passado houve uma alteração no mercado imobiliário: o número de imóveis disponíveis para serem transacionados diminuiu, algo que ainda não tinha acontecido de forma consistente.
Em algumas capitais de distrito a redução da oferta é pronunciada, o que ajuda a justificar o contínuo crescimento dos preços dos imóveis”, destaca Gonçalo Abreu, um dos cofundadores da Alfredo.
Fonte e crédito da imagem: O Jornal Económico / Portugal