O Benfica assumiu o segundo lugar da I Liga esta quinta-feira ao vencer na Madeira o Nacional, por 2-0, em jogo da 8.ª jornada, que tinha começado há 74 dias, mas suspenso aos oito minutos devido ao nevoeiro.
Os encarnados foram sempre superiores e construíram o triunfo na segunda parte com um bis de Ángel Di María, que rompeu neblina que pairou durante o primeiro tempo. Com o calendário acertado, os rivais estão separados por um ponto cada, com Sporting na liderança (36), Benfica (35) e FC Porto (34).
A partida na Choupana arrancou finalmente à hora marcada (17.00 horas), mas sempre com a sensação de que a qualquer momento voltaria a ser interrompido, outra vez por causa do nevoeiro.
Uma situação inacreditável numa liga profissional que se quer internacionalizar… afinal esta é uma situação que se vai repetindo de ano para ano e que poderá ter novo episódio no dia 3 de janeiro, quando o FC Porto visitar o Nacional, num jogo da 17.ª jornada marcado para as 18.00 horas, altura em que a noite já caiu na ilha da Madeira.
A partida de desta quinta-feira reiniciou-se com um lançamento lateral favorável aos madeirenses e com o cronómetro a marcar oito minutos.
O Nacional entrou a carregar no acelerador, em busca de um golo que lhe permitisse ficar depressa em vantagem, precavendo-se para a hipótese de haver paragens. A equipa de Tiago Margarido conquistou dois pontapés de canto consecutivos, mas não criou uma ocasião de golo.
Ao contrário, o Benfica bem se pode queixar da grande exibição de Lucas França, o guarda-redes brasileiro que começou por parar um cabeceamento de Pavlidis (12’) e à passagem da meia hora tirou com os pés um remate de Aktürkoglu.
Cada vez que aceleravam o seu jogo, os encarnados criavam dificuldades ao adversário, sobretudo porque encontravam muitos espaços pelas alas para colocar a bola na área. Já os madeirenses tinham dificuldades em sair em transições, face à rápida recuperação e bom posicionamento dos benfiquistas.
O jogo estava interessante para o lado da equipa de Bruno Lage, que deverá ter temido que o nevoeiro estragasse tudo… afinal a neblina tornou-se cada vez mais densa a partir dos 30 minutos, voltando a pairar a possibilidade de paragem do jogo. Foi com pouca visibilidade que Lucas França negou o golo a Otamendi, primeiro, e depois a Aktürkoglu em cima do intervalo.
Quando os jogadores voltaram para a segunda parte eis que, quase como por milagre, a neblina tinha desaparecido… finalmente a partida pôde decorrer sem ameaças.
O Benfica reentrou em campo ainda com mais intensidade, na tentativa de chegar ao golo, que não aconteceu num remate fantástico de Kökçü porque a bola embateu na barra, acabando por surgir na transformação de um penálti a castigar um braço de Ulisses. Di María bateu finalmente Lucas França.
Seria então o Benfica capaz de controlar o jogo, ao contrário do que tinha feito com o AVS? A resposta foi inequívoca, com os encarnados a conseguirem manter a posse de bola, deixando os madeirenses muito longe das zonas de finalização.
Aos 74 minutos, Di María voltou a aparecer para acabar com as dúvidas, marcando o segundo golo, a passe de Amdouni. O jogo arrastou-se depois até final, com os encarnados em regime de poupança, embora Lucas França tenha voltado a brilhar, desviando um cabeceamento de Leandro Barreiro para a barra.
Fonte: Diário de Notícias / Portugal
Crédito da imagem: Homem de Gouveia / Lusa