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50 concertos em dois dias dedicados ao fado

“O fado é a nossa canção”, quem diz é Luís Montez, organizador do Festival Caixa Alfama, que regressa esta sexta-feira e sábado.

Durante estes dois dias, o bairro lisboeta vai contar com uma programação com mais de 50 concertos distribuídos por 12 palcos.

Todos os anos o festival destaca um fadista para homenagear, e nesta edição será Fernando Maurício. “Há quem diga que Fernando Maurício é o rei do fado sem coroa.

Ele é da Mouraria e faz parte da freguesia de Santa Maria Maior, que inclui Alfama. Portanto, há muito tempo que se reclama uma homenagem ao fadista e decidimos fazê-la”, explica Luís Montez, organizador do festival, em conversa com o DN por chamada telefónica.

Nesta edição será ainda comemorado os 50 anos de carreira de António Pinto Basto. A atriz e cantora portuguesa Marina Mota vai também regressar ao festival, tendo atuado pela última vez neste evento em 2017.

Outra novidade é a gravação, ao vivo, do programa Em Casa d’Amália da RTP, com a participação de António Zambujo, Carminho, André Dias, Flávio Cardoso e Tiago Maia.

O festival Caixa Alfama tem uma parceria com a Associação de Comerciantes do Bairro de Alfama, onde foram selecionadas oito casas de fado para atuações.

“Já estamos na 12ª edição. O público sempre gostou desde primeira vez. Acho que este festival é o programa perfeito para quem gosta de música verdadeira, como é o fado, de petiscar e de beber uma ginjinha”, acrescenta Montez.

A programação conta igualmente com um desfile da marcha da Santa Casa [da Misericórdia de Lisboa] amanhã que percorre as ruas desde o Palco Lotaria, no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima até ao Largo Chafariz de Dentro.

Com 12 palcos, a maior dificuldade foi arranjar músicos para acompanharem as atuações dos fadistas. “Iríamos precisar de um total de 180 músicos, mas não há 180 músicos disponíveis. Os músicos vão ter de tocar num palco e depois ir a correr para outro”, explica o responsável.

No que respeita à acessibilidade, o evento vai ter zonas reservadas no palco principal para pessoas surdas, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, plataformas para pessoas com mobilidade condicionada e bilhetes gratuitos para acompanhantes de pessoas com deficiência.

Luís Montez espera uma assistência a rondar as 5 mil pessoas por dia, os bilhetes para amanhã, sábado, encontram-se praticamente esgotados.

“Agora que o bom tempo voltou, não tenho dúvidas que vai ser mais uma bela edição com casa cheia”, acrescenta. Apesar do público continuarem na sua maioritariamente a serem portugueses, alguns estrangeiros começam a visitar o festival, numa percentagem de cerca de 15%, diz Montez.

Os passes de dois dias têm o valor de 45 euros e o bilhete diário é 35 euros. Os bilhetes têm de ser trocados por pulseira, junto ao Museu do Fado.

Fonte: Diário de Notícias / Portugal

Crédito da imagem: Global Imagens