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267 anos depois, museu imersivo e surpreendente desafia a sentir o grande terramoto que destruiu Lisboa

Passagens secretas, simuladores de sismos, máquina do tempo, relatos e testemunhos. Lisboa tem uma nova experiência imersiva que faz recuar de forma impressionantemente real ao dia do grande terramoto. Esta terça-feira, 1 de novembro, data em que se assinala a efeméride, o Quake (Centro de Terramoto de Lisboa) vai ter programação especial.

Corria o ano de 1755. Em 1 de novembro, boa parte da população encontrava-se nas igrejas e ruas da capital portuguesa a assinalar o Dia de Todos os Santos, quando, às 9h40, um violento tremor de terra, um dos mais mortíferos da história, seguido de maremoto e vários incêndios, causou a destruição de praticamente toda a cidade. 267 anos volvidos, a experiência pode ser (re)vivida no Quake – Centro de Terramoto de Lisboa, um museu interativo e imersivo, que pretende dar a conhecer – e a sentir – de forma o mais realista possível, este terrífico acontecimento.

Durante uma hora e quarenta minutos percorra uma área de 1800m2, três pisos e 10 salas, que o conduzem através de uma viagem no tempo até chegar ao fatídico dia. Pelo caminho aprenda tudo sobre sismos através de simuladores, videomapping e tecnologia 4D interativa.

Percorra as ruas de Lisboa da época em cenários reais, sinta e conheça as vivências de então. Ouça o sino da igreja chamar e entre para participar na missa que jamais irá esquecer. Sentado em cadeiras simuladoras, em ambiente seguro, sinta os três sismos, com respetivas cadências, que assolaram e destruíram a cidade. “Fuja” para a rua e sinta o calor da cidade em chamas, os gritos das gentes. Volte a fugir, desta vez das réplicas e da grande onda, com cerca de 20 metros, que se aproxima…

Ainda antes da hora “H” aprenda tudo sobre sismos e experimente outro simulador, o do grande sismo de São Francisco. Enfie-se numa máquina do tempo que o levará até 1755, parando em momentos chave como as duas Grandes Guerras, a ida do homem à lua, a bomba nuclear de Hiroshima, a Revolução Bolchevique, a Batalha de Waterloo…

Maria João Marques e Ricardo Clemente são os fundadores deste ambicioso projeto de 10 milhões de euros, que abriu portas a 20 de abril deste ano e socorreu-se de uma equipa científica constituída por um historiador e dois sismólogos, para transmitir toda a informação e detalhes com o máximo de rigor possível. “A ideia não é brincar nem fantasiar sobre o tema, é sim evocar o grande acontecimento, por uma rigorosa viagem no tempo com simuladores, máquinas de cheiros, de vento e de calor, no sentido de despertar todos os sentidos, e em que o visitante se torna no personagem principal desta viagem”, explicam os fundadores do Quake – Centro de Terramoto de Lisboa.

O Quake – Centro de Terramoto de Lisboa (Rua Cais da Alfândega Velha, 39, Lisboa) está localizado num edifício construído de raiz ao lado do Museu dos Coches, em Belém, e está aberto diariamente com entradas (a partir de €21) de terça a quinta-feira entre as 14h00 e as 19h00 e de sexta a segunda-feira das 10h00 às 19h00.

Simbolicamente, na terça-feira, dia 1 de novembro, 267 anos depois do grande terramoto de Lisboa, o Quake preparou uma programação especial, com figurantes a passear pelos cenários e música alusiva à época a ser tocada ao vivo. Este é o primeiro ano em que a data é assinalada desde a abertura deste novo espaço imersivo.

Fonte e crédito da imagem: Jornal Expresso / Portugal