Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Indústria dos cruzeiros gerou receitas de 681 M€ para a economia portuguesa

Os mais recentes dados da CLIA (Cruise Lines International Association) divulgados esta segunda-feira indicam que o setor dos cruzeiros contribuiu com 681 milhões de euros para o PIB em 2023 e que, em 2024, os portos portugueses receberam cerca de 1,85 milhões de passageiros.

De acordo com os dados divulgados pela CLIA, o setor dos cruzeiros, embora represente apenas 2% das viagens e do turismo a nível mundial, tem um “impacto económico significativo”, tendo gerado 156 mil milhões de euros a nível mundial em 2023.

Na Europa, este setor contribuiu com 55 mil milhões de euros para o PIB, assegurando 440,000 postos de trabalho.

“Para além da construção e renovação de navios, o impacto do setor é reforçado pelos benefícios locais do turismo de cruzeiros, mesmo antes e depois da viagem, uma vez que quase 69% dos passageiros de cruzeiros optam por ficar pelo menos uma noite num hotel, beneficiando as economias locais”, refere a CLIA.

Os cruzeiros também impulsionam a economia portuguesa, tendo gerado receitas de 681 milhões de euros e contribuído com 322 milhões de euros para o PIB.

Além disso, de acordo com os mesmos dados, o setor assegurou mais de 9.000 empregos naquele mesmo ano.

Segundo os mesmos dados, os portos portugueses receberam em 2024 aproximadamente 1,85 milhões de passageiros de cruzeiros, com Lisboa a destacar-se como o porto mais movimentado, com 763.752 passageiros.

Nos últimos anos, o número de passageiros de cruzeiros não tem parado de aumentar, sendo que a nível global, foram registados 34,6 milhões de passageiros em 2024, prevendo-se que este ano esse valor aumente para 37,7 milhões.

Também no que se refere a este indicador, Portugal não foge à regra, com a CLIA a sublinhar que em 2024, foram já cerca de 74.000 os passageiros de origem portuguesa, número que refletiu “uma consolidação do crescimento” do mercado português, que escolhe, preferencialmente, os cruzeiros no Mediterrâneo, seguindo-se Caraíbas / Bahamas / Bermudas e Norte da Europa.

O estudo conclui, também, que a média de duração de cruzeiros dos passageiros de origem portuguesa está nos 8,2 dias, enquanto a média de idades 47,8 anos.

Diversidade das propostas atrai novos passageiros mas também os repetentes

A CLIA defende que o dinamismo do setor é impulsionado pela evolução das tendências, pela diversidade de escolhas e por experiências de viagem inovadoras, tudo isto levando a que o número de cruzeiristas aumente ano após ano, captando cada vez mais passageiros que se estreiam a fazer um cruzeiro.

“Nos últimos dois anos, 31% dos passageiros foram estreantes em viagens de cruzeiro, o que reflete a capacidade do setor para atrair novos clientes”. No entanto, os repetentes também continuam a aumentar. Segundo dados da CLIA, “82% das pessoas que já fizeram um cruzeiro desejam voltar a fazê-lo”.

E se, segundo o estudo, “os Millennials estão entre os mais entusiastas, atraídos pela oferta diversificada disponível e pela variedade de experiências oferecidas”, a verdade é que, cada vez mais, os cruzeiros estão a tornar-se multigeracionais:

“Um terço dos passageiros viaja em grupos de duas ou mais gerações, com 28% dos hóspedes a viajar com três ou mais gerações”, destaca o estudo.

Diversidade da oferta que proporciona grande variedade de opções de férias; marcação antecipada das viagens – “11% dos passageiros de cruzeiros reservam a sua viagem com um ano ou mais de antecedência” – e preocupação com a sustentabilidade – “mais de 61% da frota da CLIA está equipada para se poder ligar à rede elétrica em terra, um número que deverá atingir 72% até 2028 – são outros dos aspetos destacados pelo estudo.

Fonte e crédito da imagem: www.turisver.pt